A síndrome do impostor é uma condição que pode estar afetando e prejudicando sua vida, principalmente, a profissional. Sabe aquele sentimento constante de insegurança, no qual parece que nada do que você faz está bom? Talvez este seja um sinal vermelho para começar a procurar ajuda.
Síndrome do impostor é um mal que, mesmo atingindo 70% da população mundial, ainda não é reconhecida como uma doença mental. Porém, os estudos sobre o também chamado “pessimismo defensivo” vem avançando a cada ano, acendendo uma esperança para quem precisa de apoio e muitas vezes não é compreendido.
Mas calma, antes de se desesperar, saiba que é preciso entender todo o processo da síndrome do impostor, além de procurar ajuda de um psicólogo ou terapeuta para identificar os sintomas e aí sim, começar um tratamento adequado.
O objetivo deste blog é, justamente, explicar esse fenômeno, seus sintomas e oferecer dicas de como combatê-lo. Portanto, fique à vontade para continuar a leitura e saiba que você não está sozinho nessa, pois aqui, queremos te auxiliar a superar o problema.
Tenha uma ótima leitura!
Síndrome do impostor, o que é?
Citada pela primeira vez na década de 1970 pela Dra, Pauline Clance, a síndrome do impostor é definida como uma condição do cérebro humano em nunca se sentir bom o suficiente, independente, do patamar profissional em que a pessoa se encontra.
Geralmente, os sintomas são os mesmos manifestados em quem sofre com depressão e/ou ansiedade. Como já citado acima, a síndrome do impostor ainda não faz parte da CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde), mas ela assola grande parte da sociedade, especialmente, profissionais de setores competitivos, como empresários, atletas, artistas, até mesmo estudantes de concursos e universidade, entre outros.
Independente de ter uma profissão ou não, vale ressaltar que esse problema pode afetar qualquer um, principalmente, as mais inseguras e que aceitam como verdade todas as críticas recebidas, além de acharem que sempre falharão em algo.
É muito comum que o indivíduo com síndrome do impostor acredite que é de fato um “mentiroso” e que pode ser “desmascarado” a qualquer momento. Mesmo que pareça muito estranho alguém achar isso dela mesmo, acredite, é um pensamento quase que inevitável.
O portador desse fenômeno nunca atribuirá suas conquistas ao seu esforço e dedicação, mas sim, a sorte, oportunidades geradas por acaso, ajuda de terceiros, seu carisma, a tudo, menos ao seu próprio mérito.
A inadequação é outra sensação causada pela síndrome do impostor, ou seja, a pessoa acredita que o lugar onde está não a pertence. É como se ela estivesse “roubando” um cargo, por exemplo, de alguém que – na cabeça dela – é muito melhor e merece aquilo.
Este ciclo vicioso de autossabotagem, pensamentos de inferioridade, inseguranças e o medo gigantesco de ser criticado e não ser o bom o bastante, causam consequências muito ruins, sobretudo, a estagnação profissional.
Sintomas da síndrome
Muitos especialistas acreditam que a síndrome do impostor é desenvolvida em pessoas que cresceram em “lares exigentes”, isto é, pais, professores, amigos, entre outros adultos do convívio da época, que sempre pediam mais e mais de sua performance, seja de qualquer fator da vida.
O resultado dessa autocobrança gerada somada aos poucos elogios recebidos, acabam refletindo na vida adulta do ser humano, que se sente o tempo too incapaz e sem confiança alguma de sua capacidade.
Mas tudo isso não está ligado somente a infância, por outro lado, a síndrome pode ser devolvida no ambiente de trabalho, em um relacionamento amoroso, pressão de outros fatores sociais, etc.
O perfeccionismo também abre uma grande brecha para a síndrome do impostor entrar em sua vida. Quem é detalhista demais, se cobra por fazer algo com uma qualidade além do possível, é viciado (a) em trabalho e precisa sempre ter sucesso para evidenciar suas habilidades, está sujeito a ter problemas da condição impostora.
Veja abaixo quais são os sintomas da síndrome que podem te prejudicar como profissional e te fazer acreditar que é, realmente, um impostor, mesmo que todos ao seu redor digam que você é capaz.
Procrastinação
Talvez esse seja um dos principais e mais evidentes sintomas de quem sofre com a síndrome do impostor. Deixar as tarefas do trabalho ou de casa sempre para depois, colocando tudo ao limite do tempo e adiando compromissos e afazeres. Outro item é levar mais tempo para fazer uma atividade, tudo isso para adiar a entrega e evitar o momento de ser avaliado e talvez, criticado. Entenda mais sobre procrastinação.
Autossabotagem
Neste caso, sem perceber, o indivíduo cria situações destrutivas ou punitivas contra si mesmo. Ou seja, elas acham que vão fracassar de qualquer forma e por isso se esforçam minimamente afim de evitar o gasto de energia para aquilo que acredita que não dará certo e amenizam as hipóteses de serem julgadas.
Pavor de críticas e exposição
Aqui, o indivíduo foge de todas as situações em que pode ser avaliado, criticado ou exposto. Diante disso, muitas desistem da ideia de iniciar um projeto novo, do caso que foi promovido (especialmente se for de gerência), tudo isso por acreditar que nunca será capaz, pela insegurança, medo de decepcionar, tomar decisões e, consequentemente, ser exposto.
Se comparar com os outros
Como falamos acima, é o fato de se sentir inferior aos outros, achar que o colega de trabalho, por exemplo, é melhor que você e por isso só ele merece ser promovido. Isso gera muita angustia e insatisfação consigo mesmo, alimentando o medo, o perfeccionismo e a autossabotagem.
Síndrome do impostor: querer agradar a todos
A famosa frase “nem Jesus agradou todo mundo” é algo que não existe no vocabulário e muito menos faz sentindo para quem possui a síndrome do impostor. Afinal, nesses casos, a pessoa quer sempre causar uma boa impressão e tem a constante necessidade de agradar a todos para alcançar a aprovação, infelizmente, coloca-se em situações humilhantes para isso.
Outro motivo para querer agradar todos ao seu redor com carisma é o medo de ser substituído ou “desmascarado” a qualquer momento. Todas essas ocasiões geram muito estresse e ansiedade, propiciando o desenvolvimento de doenças ainda mais sérias como a depressão.
Síndrome do impostor: dicas para inibir
Bom, se você chegou até aqui e percebeu que muitos dos sintomas listados fazem parte do seu dia a dia, talvez esteja sofrendo da síndrome do impostor. Por isso, a dica primordial, antes de tudo, é buscar ajuda de um profissional e ele pode ser um psicólogo ou terapeuta.
Da maneira correta, é possível aprender a internalizar suas qualidades, competências e enxergar que suas conquistas são reais e vieram todas por mérito. Com terapias você aprenderá a olhar suas habilidades como algo incrível e totalmente necessárias para o próximo.
Além disso, outras dicas para te ajudar a melhorar a síndrome do impostor é:
- Respeite suas limitações, metas nem sempre serão cumpridas como você quer;
- Tenha objetivos de vida e trabalho que possam ser realmente alcançados. Não pense em coisas mirabolantes e que nunca serão cumpridas;
- Converse com amigos de verdade, fale o que está sentindo;
- Jamais se compare aos outros, entenda que cada um é de um jeito e ninguém é melhor que ninguém;
- Aceite que você tem defeitos, assim como tem qualidades;
- Busque aprender com o erro e não se culpar por eles;
- Ter um mentor mais experiente que seja confiável e te de boas opiniões e conselhos, também é uma ótima ideia;
- Trabalhe com o que realmente gosta, isso te dará motivação e prazer naquilo que faz.
- Faça mentorias que te ajudarão a desenvolver o foco e a produtividade;
- Pratique exercícios físicos, eles farão aliviarão a tensão e a ansiedade, gastando toda a energia negativa, além de proporcionar uma boa condição física e ajudar com a sua autoestima.
- Por fim, mas não menos importante, lembre-se que uma boa alimentação também ajudará a inibir diversos sintomas que podem desencadear a síndrome do impostor.
Você não precisa ser o melhor em tudo e está tudo bem!
Viu só como a síndrome do impostor pode afetar e muito sua capacidade pessoal e profissional? Essa condição deveria ser discutida muito mais dentro das empresas. Afinal, o conhecimento ajuda, e muito, a vida de quem pode estar sofrendo com isso e não faz ideia.
Caso tenha se identificado com os sintomas e acha que possui a síndrome do impostor, siga as dicas que demos e em hipótese alguma tenha vergonha de procurar um profissional.
Celebre todas as suas conquistas, independente qual for, você merece ser feliz e se reconhecer por ter feito um trabalho exemplar. Leve consigo sempre está frase: você não precisa ser o melhor em tudo e está tudo bem!
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